Etéreo

Aethereu - a elevação, a pureza, o sublime, seja lá do que for!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Alimento da alma

A música é um meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma. Ela enriquece esta última, confere-lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação.
Platão

25 Comments:

  • At 3:44 da tarde, Blogger Zorn John said…

    Podia abichanar, podia ter um fetiche com cavernas e cenas obscuras, mas não era tão parvo como parecia, esse grego. Ah, pois, e era grego ;p

     
  • At 3:48 da tarde, Blogger Pat said…

    De bicha, não restam dúvidas... Deve ser da zona, porque ainda os há por lá a potes ;)

    Mas não era nada parvo, não senhor.

     
  • At 12:06 da tarde, Blogger MasterPeace Dude said…

    Nâ percebi... o mê post nâ apareceu... vou "repetir"

    "Fetiche com cavernas", "e grego!" - LOL!!!

    Eu gosto da frase do bacano.
    Concordo especialmente com a parte de "enriquecer" a alma, mas não percebi muito bem - sim, é isso, sou lentinho e tal... - a parte do candeeiro daquele que recebe uma verdadeira educação... WTF?

    Pode ser qualquer coisa como: ah e tal, se fôres "educated" (que não é estritamente o mesmo q educação), através da música, consegues ver mais longe... tipo, ilumina-se o caminho, a envolvente, o mundo de "todas as coisas" e tal...

    Que pensais sobre isso? Seria por aqui que o Xôr Platão queria ir?

     
  • At 1:03 da tarde, Blogger Pat said…

    Dude, para além de seres um grande cromo dos comentários (leia-se pessoa demasiado atenta aos pormenores), o que _eu acho_ que o senhor quer dizer (e com o qual concordo) é que a música é ESSENCIAL para a alma, para a parte divina de cada pessoa.
    E, sim, se tiveres uma educação musical enriquecedora, mais facilmente verás o mundo de "todas as coisas", como o disseste.
    E perguntas tu: porquê? - PORQUE, a educação musical confere uma maior sensibilidade a quem a recebe, pode moldar a personalidade da pessoa, elevar a consciência a níveis superiores...

    Bom, estamos a falar de música de qualidade, ok, seja ela clássica, étnica, lírica, rock, até mesmo o folclore (fazendo parte de uma educação cultural).

    Depois temos tipos de música que "cortam" completamente o que foi descrito atrás, tais como Graciano Saga, Zé Cabra e outros que tais, bastante apreciados por uma imensa MAIORIA ;)

     
  • At 1:10 da tarde, Blogger MasterPeace Dude said…

    Ehehehe...

    Tou-ta a ver. Mas por acaso não tinha nada captado a coisa como sendo "educação musical" especificamente... pensei que era mesmo em termos de cultura geral, educação, conhecimento, etc. e que quanto mais tiveres 'disso', mais a música te vai "iluminar o caminho"... moldar a personalidade, elevar a consciência e tal...

    Se não a tiveres, poderás passar por pertencer a essa tal imensa 'maioria' ;-))

    Ps: Não quero chamar inculto a quem gosta disso... foi o Platão, foi o Platão!!! I mean, estou a tentar perceber se era isso que ele queria dizer...

     
  • At 11:45 da manhã, Blogger Mr. Brightside said…

    Apesar de terem aqui sido escritas palavras menos abonatórias em relação ao Graciano Saga, coitadinho, não posso deixar de contribuir com a minha opinião do tema em debate.

    A minha leitura da passagem referente à educação (e só ponderei outras quando li os vossos comentários) é a de que a música não só ilumina como, ao fazê-lo, também educa quem dela se "alimenta".

    Por outro lado pode não ser nada disto. Muito provavelmente os vossos pontos de vista estarão mais perto do significado real da afirmação. Não nos podemos esquecer que a conjuntura em que foi proferida é muito distinta da nossa envolvente actual. Além disso tratava-se uma sociedade onde a educação cavava maiores fossos entre as classes do que aqueles que existem actualmente.

    Just my two cents.

     
  • At 11:16 da manhã, Blogger Pat said…

    Sabes, B, depois de uma cicuta "on the rocks", o Platão era capaz de dizer qq coisa... Ai, esse foi o Sócrates e bateu a bota ;)
    Anyway, estivesse ou não high, o gajo lá tinha a sua razão e acho que todos os pontos de vista aqui abordados são válidos.

     
  • At 11:19 da manhã, Blogger Mr. Brightside said…

    Por acaso, um dos pontos de vista só é válido porque o árbitro não viu o fora de jogo. Enfim, é a filosofia que temos...

    :)

     
  • At 11:31 da manhã, Blogger MasterPeace Dude said…

    LOL!

    Acrescentaria que 'estes gajos' no meio daquelas orgias homosexuais - quiçá um s-2-s once-in-a-while ;) - deviam-se "educar" muito uns aos outros... ai deviam, deviam! Será daí que surgiu a famosa expressão: "musiquinha de ir ao ..."? :-))))

    Com ou sem educação, a música só faz é bem!!! E quase que me arrisco a dizer: seja ela "boa" ou "má" (os critérios são bastante discutíveis, naturalmente).

    Pois que quanto mais não seja, a suposta "má música" nos possibilita uma perspectiva crítica sobre a arte em questão e, por conseguinte, contribui para o nosso crescimento musical... e com ele uma certa postura de 'live and let live' - que é como quem diz: "querem produzir/ouvir m*rda? então calem-se!" ;-))

    Nota: Pronto, tudo bem que a má não faz bem aos ouvidos, mas faz bem à "alma"... pelo menos faz-nos rir em barda, na maior parte dos casos :-)))

     
  • At 1:16 da tarde, Blogger Pat said…

    Perdi-me!

     
  • At 1:19 da tarde, Blogger Zorn John said…

    Lol pra todas as anteriores! :D

    Eu acho que a frase pode ser contextualizada, como diz o B, e partilho da ideia de que o Plato era um homossexual elitista. Nunca ele pensaria que um campónio, que só ouvia música pimba da época, e era analfabruto, poderia ficar com a alma mais iluminada. Não, só os verdadeiramente educados a saberiam apreciar e disfrutar. O que, vaissaver, é exactamente o que muita gente hoje acha. De facto, cada vez há mais elitistas, homossexuais e filósofos, e até mesmo a combinação dos 3, e até mais gregos!, mas, no fundo, esta análise, mesmo que possa ser análoga em 2 períodos históricos muito diferentes, não me parece a perspectiva mais útil. De facto, eu penso que a música enriquece a alma, mas isso é independente do tipo de música ou de quem a ouve. Penso que o que faz a diferença é a predisposição para a ouvir, o sentimento retirado, ESCUTÁ-LA realmente.

    Talvez seja preciso educar o espírito a ouvir música, a "entendê-la", a buscar o prazer de o fazer. Mas será que, passivamente, ela não terá efeito?

    Deixo cumprimentos e umas bombocas.

    Viva Tróia!

     
  • At 1:36 da tarde, Blogger Pat said…

    :)

    Claro, Zorn, acredito que passivamente a música educa, seja ela qual for. Quanto mais não seja porque "habitua" o espírito a escutar, a apreciar.
    Mas penso que o fundamental é a sensação de evasão que a música pode proporcionar, de perderes noção do tempo e do espaço e deambular por outros espaços. Creio que este seja o verdadeiro alimento da alma.

     
  • At 6:41 da tarde, Blogger MasterPeace Dude said…

    ...Alteração de estados de consciência, né, Cótchak?
    Nesta linha, aconselho a experiência do Ritual de Trance Dance ;)

     
  • At 11:56 da manhã, Blogger Zorn John said…

    Eu aconselho Tool ao vivo. 5 de novembro no pavilhão atlântico mais perto de si.

     
  • At 12:46 da tarde, Blogger Pat said…

    Dude e ZJ, qualquer uma das vossas sugestões agradam-me bastante. Tool: já lá estou!!!
    Trance Dance: a experimentar :)

     
  • At 3:03 da tarde, Blogger Zorn John said…

    Aliás, os Tool "have seen the light". Podem n ter ligado nenhuma, o q n me parece, mas que já a viram, já. Basta tomar atenção aos artworks dos trabalhos deles, e até mesmo a algumas letras. E o ritmo!... Ai, aquela bateria é hipnótica, pá. Experimentem concentrar-se no ritmo e deixar pra lá tudo o resto. Até tripem!
    :~)))

     
  • At 3:08 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    e eu aconselho a leitura de FÉDON de Platão. Nest obra Platão expõe as suas ideias sobre a alma.
    Aqui vai um cheirinho:
    A alma é uma substânica independente do corpo, é eetrena, unindo-se a ele de forma temporária e acidental. A alama aspira a libertar-se do dorpo, mas paar tal é necessário que se libertem do ciclo de reincarnações a que estão aprisionadas.

     
  • At 3:15 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    cont.
    A união da alama com o corpo não faz desaperecer as ideias que nela existem, estas vão sendo recordadas à medida que as experiênicas e a educação as despertam através da educação e da experiência sensível.
    A música para Platão funcionava como um elixir purificante da alma, de forma a permitir ao homem (só ao homem, pois a mulher não precisa)o controlo das denominadas (por ele) partes inferiores da alma.
    E muito mais haveria para dizer

     
  • At 3:39 da tarde, Blogger Zorn John said…

    só ao homem! essa foi demais!
    a mulhar não precisa?!? A mulher não tem é hipótese! É mais "não vale a pena", ou "façam o que fizerem, até dormirem de auscultadores"

     
  • At 3:45 da tarde, Blogger Pat said…

    "As partes inferiores da alma"... Será que isso tem alguma coisa a ver com a música que os encantadores de serpentes tocam para fazer dançar o animal?

     
  • At 4:18 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    para platão a música fazia parte da educação obrigatória, uma das modalidades do sistema educativo, destinada a pessoas até aos 20 anos, cuja funão seria formar cidadãos no respeito pels instituições e tudo e tudo. Também a ginástica fazia parte desta modaliadde de educação, a par da música e outras disiscplinas. a ginástica servia paar controlar/disciplinar o corpo.
    A outra modalidade de eduacção seria a educação destinaad a futuros governantes, para pessoas dos 20 aos 35 anos, e constava da aprendizagem de matemáticas, dialéctica e "conhecimento das ideias superiores".
    O nosso sócrates (com s pequenino e não o Sócrates deles) apenas teve, e pouco, a educação obigatória, principalemnte a parte da música, que tem para dar vender...EH, EH,EH,EH;D

     
  • At 4:29 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Para ti meu querido zorn do teu querido Friedrich Nietzsche, uma tirada sobre música:

    "Que o teatro não acabe por dominar todas as artes;
    que o comediante não acabe por subornar os puros;
    que a música não se torne uma arte de mentir."

    Este teu amigo era do resto.

    eh, ehe, eh...

     
  • At 4:34 da tarde, Blogger Zorn John said…

    Era o maior, de resto! Não era como o outro Kant'es de ser já o era :p

     
  • At 4:58 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    xi, nem aos Calcanhares lhe chegava, o "superhomem", ih,ih,ih....

     
  • At 2:04 da tarde, Blogger MasterPeace Dude said…

    "A união da alama com o corpo não faz desaperecer as ideias que nela existem, estas vão sendo recordadas à medida que as experiênicas e a educação as despertam através da educação e da experiência sensível."

    Xiii, o gajo já dizia isto? Realmente, o rapá' não era parvo de todo, caramba!

    Subitamente, deu-me uma vontade de voltar a ler umas coisinhas de filosofia - a história das ideias ;)

    Oh MaPapoila, 'cê me há-de emprestar esse Fédon ;)

     

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